Em tempos de quarentena, quero partilhar um belíssimo excerto de um dos últimos livros que li: a máquina de fazer espanhóis, de valter hugo mãe. Valter Hugo Mãe é um dos meus escritores favoritos já há alguns anos, pela forma realisticamente poética como se expressa sobre aquilo que é a vida, o amor e o sofrimento. Neste livro, conhecemos o senhor Silva que depois de ficar viúvo, aos 84 anos, vai viver para um lar. Durante este período, para além de pensar na sua vida e de (...)
O que é a Educação? De que forma é que pode influenciar-nos ao longo da vida? Pode haver mil e uma respostas a estas questões, mas garanto-vos que vale a pena conhecer as de Tara Westover. Uma Educação é a história de uma menina que nunca foi vacinada, não tinha certidão de nascimento e só entrou numa escola aos 16 anos de idade. Tara cresceu no seio de uma família numerosa, empreendedora e imensamente agarrada às suas ideologias, que vão muito além da religião - o Mormonismo. Devo dizer que gostei muito da
Há um lugar, na minha rua, onde gosto especialmente de ver o sol nascer. Talvez ninguém lhe ligue nenhuma, a verdade é que alvorada após alvorada não vejo vivalma a passar por ali. Permito-me, assim, sentir que sou espectadora única, sortuda, afortunada, privilegiada por assistir a este espectáculo ao vivo e a cores - e que cores! Sempre fui fascinada pelo pôr do sol, mas o amanhecer está a roubar-me o coração a cada novo dia e o seu poder é inegável. Decidi começar a (...)
Para Erik Cohen, o inverno de 1940 foi o mais frio e doloroso de todos. Vivia-se, e principalmente morria-se, em pleno Holocausto. Esta história acontece no gueto judaico de Varsóvia, o maior da Polónia, onde foram enclausurados cerca de 380 mil judeus. É neste contexto que Erik se vê forçado a partilhar um apartamento com a sua sobrinha Stefa e o sobrinho-neto Adam. De início, sempre contrariado, era visto como o tio velho e rabugento. Porém, pouco tempo depois Erik rende-se (...)
Estavamos já a meio do ano quando me apeteceu experimentar algo novo, romântico, meloso, assim como os romances de Nicholas Sparks. Veio então parar-me às mãos o livro No Teu Olhar. Estava muito curiosa por conhecer a escrita deste autor, no entanto, com este livro percebi que ele não escreve só histórias dramáticas, de partir o coração. Aliás, este livro tem muito pouco de romance (que pontaria, hein?) e muito mais de acção/thriller. Não me partiu o coração, não me fez (...)
Já estamos em 2018 e Ano Novo que se preze vem cheio de retrospetivas do seu antecessor. Como tal, deixo-vos aqui a primeira parte dos livros que li em 2017, de forma resumida e por ordem cronológica, como manda o calendário. Vamos a isso? Comecei o ano com uma obra que já queria ler há anos: O Ano da Morte de Ricardo Reis. Primeiro, para dar outra oportunidade a Saramago (depois do Memorial do Convento) e segundo porque a premissa junta Fernando Pessoa e o heterónimo (...)
Murakami é diferente de todos os outros autores que conheço. Foi o primeiro escritor japonês que li e sinto que isso me alargou os horizontes, mas nunca pensei que fosse assim tão especial. Deixem-me mostrar-vos porquê: ( Continuar a ler )
Conheci os livros de Isabel Allende por volta dos 15 anos, quando li a trilogia As Memórias da Águia e do Jaguar, composta por três obras encantadoras: A Cidade dos Deuses Selvagens, O Reino do Dragão de Ouro e O Bosque dos Pigmeus. São histórias de fantasia e aventura, que nos transportam até diferentes cantos do Mundo (América do Sul, Ásia e África). É admirável a forma como a autora aborda desde aspetos culturais a questões sociais e ambientais, sem perder (...)